Quando pensa deitar-se, já é outro dia. Batem à porta. É o "sô" Manacés, o barbeiro. Pessoa mal lhe dá os bons-dias. O pigarro prende-lhe a fala. Calças a cair do corpo, aponta para a pretinha. Manacés compreende o sinal. Vai ao Trindade enchê-la, ainda nem afiara a navalha. Barba feita, o poeta vai para o escritório. Faz algumas traduções. Almoça no Martinho da Arcada e, antes de voltar ao trabalho, entra numa taberna, meio titubeante. Pensa no seu médico que o proibira de beber. Então questiona-se:
-Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me?
Não: vou existir.
Arre! vou existir.
E-xis-tir... E-xis-tir...
Dêem-me de beber, que não tenho sede!
Este homem era de Mogadouro, só pode!!!!:)
-Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me?
Não: vou existir.
Arre! vou existir.
E-xis-tir... E-xis-tir...
Dêem-me de beber, que não tenho sede!
Este homem era de Mogadouro, só pode!!!!:)
1 comentário:
LOL O Pessoa desdobra-se ... o Pessoa bebe... o Pessoa só pode ser do Mogadouro! :p lol realmente mt bom post! lol Olha eu por acaso tenho uma fascinação por esse homem. Digo-te que ele é um verdadeiro ícone (não não me refiro ao ambiente de trabalho do pc, pessoal!) da literatura, para além de ser uma personalidade ou uma série de personalidades interessantíssimas... Por isso Viva MOGA!!! VIVA A BEBIDA! VIVA A PESSOA DO PESSOA QUE É DE MOGA E QUE GOSTA É DA BEBIDA! :p **
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