terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Público.pt ganha prémio de excelência em ciberjornalismo

Dossiê "Prostituição no Porto" do JPN vence o galardão Ciberjornalismo Académico.

O Observatório de Ciberjornalismo da Universidade do Porto distinguiu esta sexta-feira o que de melhor Portugal produz no jornalismo online. O júri atribuiu ao Público.pt o prémio "Excelência Geral em Ciberjornalismo".

O dossiê "Prostituição no Porto", da autoria de Bárbara Oliveira e Marisa Pinho, publicado no JPN, venceu na categoria Ciberjornalismo Académico.

Os prémios foram atribuídos pelo Obciber, o Observatório de Ciberjornalismo do Centro de Estudos das Tecnologias e Ciências da Comunicação, das universidades do Porto e de Aveiro.

Lista completa dos Vencedores:

Excelência geral em ciberjornalismo:
jornal «Público» (prémio da exclusiva responsabilidade do júri);

- Breaking News:
jornal «Público» com o assalto ao BES;

- Reportagem Multimédia:
«Jornal de Notícias» com a reportagem «A Morte Lenta do Gelo Eterno»;

- Videojornalismo:
PortugalDiário com «O Lugar onde o morto matou o vivo»;

- Infografia digital:
jornal «Sol» com infografia sobre o assalto ao BES;

- Ciberjornalismo académico:
JornalismoPortoNet com «Prostituição no Porto».

JPN

"Não existe jornalismo do cidadão", defende professor João Canavilhas


Professor da UBI encerrou o primeiro dia do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo.

A expressão "jornalismo do cidadão" adoptada pela maioria dos órgãos de comunicação social "é ridícula", defende João Canavilhas, professor da Universidade da Beira Interior e jornalista. O investigador prefere chamar-lhe "participações do cidadão" e não vê diferenças entre elas e as tradicionais cartas dos leitores para que se justifique o rótulo "jornalismo do cidadão".

No final do primeiro dia do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo, Canavilhas defendeu a necessidade de uma nova linguagem e uma adaptação a este novo meio que é a Internet. A grande maioria dos vídeos que são publicados nos jornais online não seguem "a linguagem online, são apenas a adaptação das outras linguagens a esta”.

Segundo o autor, as características da Internet trazem consequências para o jornalismo, mas também para o jornalista. Se, por um lado, os media online têm de responder à ânsia de informação por parte dos leitores, que "querem saber cada vez mais sobre os mais variados temas", vão existir jornalistas a trabalhar para várias plataformas e com várias tarefas ao mesmo tempo.

Estas novas actividades do jornalista vão conduzir também a uma maior autonomia do profissional da comunicação. Surgem novas linguagens informáticas e diversos percursos de leitura.

Na opinião de Canavilhas, "os jovens lêem cada vez menos" e o jornalista deve estar preparado para produzir conteúdos para novos suportes, como os telemóveis ou as consolas portáteis.

JPN

"A imprensa não vai desaparecer", prevê Rámon Salaverría




Convergência foi a palavra de ordem no primeiro dia do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo.


A convergência nos meios de comunicação no contexto actual da Internet é já uma realidade em quase todo o mundo, mas os resultados da integração não são, para já, visíveis. A opinião foi expressa por Rámon Salaverría, jornalista e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, esta quinta-feira, no primeiro dia do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo.
Na apresentação "Uno para todos y todos para uno? Los medios de comunicación ante la convergencia digital", Rámon Salaverría disse que convergência é "um fenómeno tendencial, um processo dinâmico", enquanto "a integração é um dos seus eventuais resultados".
"Não há uma convergência empresarial, mas parece que ela tem que existir junto dos jornalistas", criticou.

Segundo o investigador, a Internet surge como um meio capaz de integrar a imprensa, a rádio e a televisão. Esta inevitabilidade não passa pela "morte do papel". "A imprensa, como media, não vai desaparecer", mas vai perder a sua hegemonia, previu.

Para Salaverría, o importante não é o suporte, mas sim aproveitar todas as possibilidades do meio. "O jornalista é aquele que se dedica a informar e não aquele que escreve em jornais", disse, que sublinha também a tendência de produção de texto, imagem, infografia e vídeo por uma mesma redacção.

JPN